Em seu discurso de defesa, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), apelou para o corporativismo, intimidou alguns colegas e chegou a discutir com a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). A sessão foi fechada, mas, diferentemente de como o pretendido pelos aliados de Renan, não foi secreta. Declarações e diálogos foram relatados pelos participantes do julgamento do parlamentar, acusado de receber a ajuda de um lobista para pagar contas pessoais.
Renan acusou Heloísa Helena - presidente do PSOL e advogada de acusação na sessão - de ter sonegado mais de R$ 1 milhão do Fisco. A ex-senadora negou. Em uma ríspida discussão, Renan disse que ela teria de lavar a boca com água oxigenada antes de falar com ele. Helena rebateu. Respondeu que era o presidente do Senado quem deveria lavar a boca com água sanitária antes de falar com ela.
Antes, Demóstenes Torres disse que a defesa de Renan havia sido "burra". Argumentou que, ao apresentar documentos com dados errados, Renan acabara se auto-incriminando. O presidente do Senado exigiu respeito do colega. Com ironia, Torres disse que retificava suas declarações. Trocava o termo "defesa burra" por "faltou inteligência em sua defesa".
Renan criticou de forma veemente a imprensa e disse que as representações as quais enfrenta no Conselho de Ética são frutos de disputas políticas em Alagoas. Destacou que havia uma guerra entre a mídia e o Congresso. E sugeriu que outros poderiam se transformar em vítimas da imprensa.
- Quando a mídia se arvora, vira um partido político.
Em outros momentos, citou nominalmente os senadores que pediram sua renúncia, como Pedro Simon (PMDB-RS) e Jefferson Péres (PDT-AM). Dos 81 senadores, 15 pregaram abertamente a cassação de Renan e outros quatro defenderam o presidente do Senado. A maioria, no entanto, preferiu absolver Renan...
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
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