A tela sem título de Sidnei Tendler faz parte da mostra em Bruxelas
Começa nesta sexta-feira em Bruxelas a primeira Bienal de Artes Plásticas Brasileiras, que reúne fotografias, telas, instalações e vídeos de 14 artistas brasileiros residentes na Europa.
O evento é um projeto da artista plástica brasileira Inêz Oludé, que vive na Bélgica há 31 anos, e conta com o apoio da embaixada do Brasil e da subprefeitura do bairro de Saint Gilles.
“Meu objetivo é destacar a diversidade cultural brasileira, favorecer as relações interculturais entre o Brasil e os países da Europa e dar visibilidade aos artistas brasileiros”, explica Oludé.
A tela 'África', de Rafael Zanzio, explora as semelhanças entre o Brasil e a África
“Cada vez estão chegando mais brasileiros à Bélgica, e é importante mostrar que também somos portadores de cultura, que não estamos aqui unicamente para invadir, para extrair algo, mas também para aportar coisas.”
Por isso tema escolhido para a Bienal é “o sentimento dos brasileiros que fazem parte da Europa”.
Verba
As 70 obras, selecionadas por dois curadores independentes, ocuparão 370 metros quadrados da Casa das Culturas de Saint Gilles, na capital belga.
Elas são de artistas radicado na Europa como Sidnei Tendler, César Meneghetti, Marainnita Luzzati, Sergio Ferro, Vera Goulart e Maria Carmem Perlingeiro.
“Recebi quase cem inscrições, mas não havia recursos para trazer mais artistas. Brasil e Bélgica não têm acordos culturais bilaterais e, por isso, não podemos nos beneficiar de subsídios institucionais”, lamenta-se a organizadora.
A instalação de vídeo do artista César Meneghetti, radicado na Itália, também faz parte da mostra
A escolha de Bruxelas como sede da mostra foi explicada ao embaixador Almir Barbuda.
"Por ser sede das principais institições da União Européia, Bruxelas tem inegavelmente um poder de irradiação cultural pelo restante do continente", disse o diplomata, que espera que a Bienal tenha o papel de "contribuir para a divulgação da produção artística de brasileiros residentes na Europa".
Para a próxima edição, Oludé pretende conseguir verba para realizar também uma mostra paralela com artistas de outros países.
“Fiquei impressionada com a quantidade de inscrições que recebi de artistas que não são brasileiros. Isso justifica um evento mais amplo, mais aberto. Mas ainda falta muito para fazer um projeto de mais abrangência, para poder trazer mais artistas e diversificar a proposta”.
A Bienal fica em cartaz em Bruxelas até 30 de setembro.
sábado, 15 de setembro de 2007
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